Pescadores salvam peixe após tentativa fracassada de devorar iguana no Rio Araguaia
O incidente ocorreu na divisa entre Tocantins e Pará, enquanto os pescadores se preparavam para acampar e encontraram o peixe em apuros no rio.
Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins
Um incidente curioso ocorreu no Rio Araguaia, próximo a Barreira do Campo (PA), na divisa com Tocantins, quando um peixe ficou entalado ao tentar engolir uma iguana. Um grupo de amigos registrou o momento em vídeo, provando que a história é real e não apenas mais uma “história de pescador”.
No vídeo, o peixe pode ser visto debatendo-se na água com a barriga visivelmente inchada. Os pescadores, ao resgatar o animal, começam a discutir o que poderia estar em seu estômago:
• “Ele engoliu uma arraia.”
• “É uma cobra, é uma cobra.”
• “Pega no rabo dela, moço. ‘Núss’, olha a barriga dele.”
• “É iguana, olha o rabo.”
Em entrevista ao Bastidores do Tocantins, o empresário Eduardo Motta revelou que o peixe, um Pirarara de aproximadamente um metro, foi encontrado se debatendo na água. “Se não tivéssemos visto, o Pirarara teria morrido junto com a iguana. Felizmente, conseguimos salvá-lo. Acredito que o peixe tinha entre 80 centímetros e um metro, e a iguana entre 50 e 60 centímetros”, contou Eduardo.
Eduardo e seus amigos, provenientes de Coromandel e Sete Lagoas, em Minas Gerais, reúnem-se anualmente para acampar e pescar no Rio Araguaia. No dia 1º de julho, enquanto se dirigiam ao acampamento, avistaram o peixe em apuros na margem do rio.
“Estávamos subindo o rio quando vimos o peixe batendo na beira. Ao nos aproximarmos, percebemos que ele tinha engolido uma iguana quase do seu tamanho”, explicou Eduardo.
O vídeo mostra o momento em que um dos pescadores puxa a iguana, cuja cauda se quebra—a reação é um mecanismo de defesa natural do animal. Após vários minutos de esforço, a iguana foi retirada, mas infelizmente não sobreviveu. Um dos amigos passou cerca de 15 minutos com o peixe na água para garantir sua recuperação antes de soltá-lo novamente no rio.
“Conseguimos salvar o Pirarara, apesar dos ferimentos internos. Ficamos cerca de 15 minutos com ele até que pudesse respirar normalmente e nadar de volta ao rio. Foi uma experiência única, e todos nós ficamos emocionados e gratos por ter dado uma segunda chance ao peixe”, relatou Eduardo.