Luta jurídica de Wanderlei no STF terá novo capítulo a partir desta segunda-feira

Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins 

A disputa jurídica do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos) ganha um novo capítulo a partir desta segunda-feira (29). Com a posse de Edson Fachin como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), os processos sob sua relatoria passam a ser redistribuídos para o ministro Luís Roberto Barroso, que deixa a presidência da Corte e retorna às atividades da 2ª Turma. Entre eles está o habeas corpus apresentado pela defesa de Wanderlei, que busca reverter a decisão que o afastou do cargo por 180 dias.

Atualmente, o governo do Tocantins é comandado interinamente pelo vice-governador Laurez Moreira (PSD). Além de Barroso, integram a 2ª Turma os ministros André Mendonça, Nunes Marques, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Há expectativa de que o colegiado possa dar andamento ainda nesta semana ao caso, mas a definição dependerá do ritmo jurídico da Corte.

PGR contra retorno

No processo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou contra o pedido da defesa. O parecer, protocolado no dia 23, reforçou a necessidade da manutenção do afastamento, que foi inicialmente determinado pelo ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e depois referendado pela Corte Especial daquela instância.

Mobilização política e popular

Enquanto aguarda a análise do STF, aliados de Wanderlei intensificaram nas redes sociais uma mobilização pela volta do gestor ao cargo. A hashtag #VoltaLelei circula acompanhada de vídeos e mensagens de apoio, como forma de pressionar pela reversão da decisão e reforçar o argumento de que existe um clamor popular por seu retorno.

Operação Fames 19

Wanderlei foi afastado no âmbito da Operação Fames 19, que investiga supostas irregularidades na compra e distribuição de cestas básicas. O governador nega todas as acusações.