Polícia Civil do Tocantins desfalca organização criminosa ao apreender no Pará e Maranhão veículos de luxo avaliados em mais de R$1 milhão
Chegada dos veículos em Palmas representa um grande avanço nas investigações que visam desarticular a rede criminosa e recuperar bens adquiridos de maneira ilícita.
Hiago Muniz/Governo do Tocantins
Os veículos de luxo que foram apreendidos neste mês, em operação deflagrada pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), com apoio das forças de segurança dos estados do Pará e Maranhão chegaram em Palmas. Os automóveis, avaliados em mais de R$1 milhão, fazem parte da estratégia de desarticulação de organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região.
A operação, coordenada pela Polícia Civil do Tocantins, integra as ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), que está promovendo uma série de ações em diversos estados do país, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
O delegado-geral da Polícia Civil, Claudemir Luiz Ferreira, destacou que os veículos apreendidos causaram um grande prejuízo às organizações criminosas. “A apreensão é resultado de mais uma operação realizada pela PC-TO, que gerou um desfalque superior a R $1 milhão. A operação, conduzida em parceria com os estados do Pará e Maranhão e alinhada com as ações do Ministério da Justiça por meio da operação Renorcrim, contribuiu significativamente para o enfrentamento ao crime organizado”, explica.
Os veículos apreendidos têm forte vínculo com os membros de uma organização criminosa liderada por um dos indivíduos presos na operação, identificado como R.T.S.P., um dos principais articuladores do tráfico de drogas no Tocantins.
O delegado titular da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Afonso Lyra, destacou a importância da chegada dos veículos apreendidos em Palmas. “Essa ação materializa o crime de lavagem de capitais, além de simbolizar o enfrentamento ao crime organizado, na busca de descapitalizar estas organizações. Essa ação reforça o compromisso da Polícia Civil em desarticular essas redes criminosas e combater o crime organizado no Estado”, afirma.
A chegada dos veículos na Capital representa um grande avanço nas investigações que visam desarticular a rede criminosa e recuperar bens adquiridos de maneira ilícita. Além disso, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) já está buscando autorização judicial para a utilização desses veículos, o que pode auxiliar ainda mais nas operações de combate ao crime organizado.
Entenda o Caso
A operação foi deflagrada no último dia 16 de novembro, pela PC-TO, por meio de suas divisões especializadas e com apoio das polícias civis do Pará e Maranhão, onde foram cumpridos mandados de prisão preventiva, incluindo o de R.T.S.P., um homem de 34 anos, considerado um dos principais líderes do tráfico de drogas no estado. R.T.S.P., foi preso na cidade de Ananindeua (PA) e utilizava documentos falsificados para esconder e viver uma vida de luxo nos estados do Tocantins, Pará e Maranhão.
As investigações apontaram ainda que o investigado era responsável por diversos crimes, como organização criminosa, lavagem de dinheiro e roubo a bancos. Além disso, ele foi identificado como um dos principais responsáveis pela expansão do tráfico de drogas na região.
A ação culminou na apreensão de bens valiosos, incluindo os veículos de luxo que chegaram em Palmas. Esse golpe no crime organizado é mais uma prova do comprometimento da Polícia Civil em combater organizações criminosas e garantir mais segurança à população.
Renorcrim
A Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim) tem como objetivo integrar instituições, compartilhar conhecimentos e desenvolver estratégias de inteligência e fiscalização para desmantelar organizações criminosas de forma eficaz e duradoura. A Renorcrim é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).