Plantão Policial

Polícia Civil desarticula célula do PCC no Tocantins e prende 15 suspeitos em operação

Investigação aponta que mulher conhecida como “Dama do Crime” liderava tráfico e ordenava ataques contra rivais..

Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins 

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, nesta terça-feira (4), a Operação Asfixia, com o objetivo de combater a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado. A ação resultou na prisão de 15 pessoas, sendo 10 no Tocantins e 5 em São Paulo. Entre os alvos está Lúcia Gabriela Rodrigues, de 25 anos, apontada como uma das principais lideranças da facção criminosa na região. Conhecida como “Dama do Crime”, ela gerenciava a distribuição e venda de drogas, organizava ataques contra grupos rivais e mantinha contato direto com os líderes da organização em São Paulo.

A operação foi realizada simultaneamente em Palmas, Araguaína, Paraíso e Porto Nacional, além das cidades de Praia Grande (SP) e Barueri (SP). No total, foram cumpridos 16 mandados de prisão, além de 20 ordens de bloqueio de contas bancárias utilizadas para movimentação do dinheiro obtido com o tráfico.

Estrutura criminosa e liderança no tráfico

As investigações apontam que Lúcia Gabriela liderava um esquema estruturado de tráfico de drogas, operando de forma semelhante a uma empresa. Ela controlava a logística, armazenamento e distribuição de entorpecentes, além de gerenciar os pontos de venda, conhecidos como “lojas”. Nos grupos de mensagens monitorados pela polícia, a suspeita exigia relatórios diários sobre as vendas e estoques.

Além da administração do tráfico, Lúcia também é investigada por ordenar ataques contra facções rivais. Em áudios interceptados pela polícia, ela convoca membros do PCC para organizar atentados, solicitando armas e recursos financeiros. Segundo o inquérito, o grupo também teria utilizado armas importadas da Turquia para a prática de homicídios em Palmas.

Prisão e reincidência

Lúcia Gabriela já havia sido presa em julho de 2024, quando foi flagrada com mais de R$ 300 mil em drogas. Na época, ela obteve um habeas corpus alegando ser a única responsável pelo filho de quatro anos. Solta, teria debochado da situação nas redes sociais, segundo os investigadores. Em dezembro, foi presa novamente durante outra operação da Polícia Civil e, desde então, está na Unidade Prisional Feminina de Palmas.

Com a nova investigação, foi cumprida uma nova ordem de prisão preventiva, e Lúcia segue detida. A defesa da suspeita informou que ainda apura as acusações e deve se manifestar em breve.

Apreensões e desdobramentos

Durante a Operação Asfixia, a polícia apreendeu:
✔ Celulares utilizados para a comunicação entre os membros da facção;
✔ Máquinas de cartões e cartões bancários, que serviam para movimentação financeira do tráfico;
✔ Cadernos com anotações detalhando a contabilidade do grupo;
✔ Mais de R$ 16 mil em dinheiro vivo.

As investigações também indicam que o PCC teria movimentado cerca de R$ 20 milhões nos últimos dois anos, atuando além do Tocantins, com ramificações no Piauí, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.

Bastidores do Tocantins

Bastidores do Tocantins é um Blog de seres, fazeres e dizeres do estado de Tocantins.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo