Cidades

Veículo preso em ponte que desabou entre Tocantins e Maranhão é alvo de furto, relata proprietário

Carro permaneceu sobre a estrutura por um mês; boletim de ocorrência foi registrado em Aguiarnópolis.

Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins

O carro de passeio que ficou preso na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Tocantins e Maranhão, após o colapso ocorrido em 22 de dezembro de 2024, foi alvo de furtos enquanto estava na estrutura danificada. O proprietário relatou o roubo de objetos pessoais, peças e dinheiro. O veículo permaneceu sobre a ponte por um mês, até ser removido nesta quinta-feira, 23, com apoio de equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

A ponte desabou no dia 22 de dezembro, causando 14 mortes, três desaparecimentos e deixando uma pessoa ferida. Para possibilitar a remoção dos veículos, incluindo o carro furtado, foi construído um aterro no encabeçamento da ponte, utilizando Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), viabilizando a passagem de equipamentos e equipes.

Furtos durante a espera

Segundo o proprietário, que registrou o boletim de ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia de Aguiarnópolis, o carro estava com as janelas abertas e os pertences no interior no momento do desabamento. Ele afirmou que, por questões de segurança, os ocupantes precisaram abandonar o veículo rapidamente após o impacto, deixando itens como documentos, dinheiro e outros objetos dentro do carro.

No boletim, ele informou que, durante uma visita à ponte para verificar o veículo, pediu a um funcionário que retirasse a carteira de documentos que estava no interior. No entanto, a carteira não foi encontrada. Fotos feitas do interior do carro mostraram sinais de furto.

Entre os itens levados, o dono do veículo apontou a ausência de cartões de banco, documentos pessoais e R$ 400 em espécie. Ele também suspeita que algumas peças do carro foram retiradas, mas não conseguiu identificar exatamente quais itens foram furtados, já que o veículo ainda estava na ponte no momento do registro do boletim.

Relatos do dia do acidente

O carro transportava três pessoas no momento do colapso: Laís Lucena, seu esposo e sua cunhada. Segundo Laís, o veículo ficou preso em uma das fendas da ponte, impossibilitando a tentativa de ré para escapar. Os três precisaram sair correndo para encontrar um local seguro.

Diante da demora na remoção, a família entrou na Justiça Federal para liberar o veículo. Após decisão favorável, o DNIT deu início às operações para retirar carros e caminhões na terça-feira, 21, concluindo o trabalho dois dias depois.

Procurado, o DNIT não respondeu ao contato da reportagem sobre a denúncia do furto até a publicação desta matéria.

Bastidores do Tocantins

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