União-TO é rebaixado após escalar jogador irregular e Batalhão retorna à elite do Tocantinense

Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins 

A sexta-feira, 5, foi marcada por um verdadeiro terremoto jurídico no futebol tocantinense. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou o rebaixamento do União-TO por conta da escalação irregular do zagueiro Sheik durante a primeira fase do Campeonato Tocantinense 2025. A decisão muda completamente a configuração da competição: o Batalhão, que havia sido rebaixado, retorna à elite, e as semifinais terão de ser refeitas.

Erro de súmula e punição severa

A polêmica gira em torno da participação de Sheik em um jogo atrasado da 2ª rodada. O defensor entrou em campo mesmo estando, supostamente, suspenso por acúmulo de três cartões amarelos. A confusão teria ocorrido porque o árbitro da partida, Fernando Henrique Alcântara, registrou a advertência apenas na parte de “advertências” da súmula eletrônica, sem lançá-la na área de “penalidades”.

Mesmo alegando ter consultado a Federação Tocantinense de Futebol (FTF) antes de escalar o atleta, a diretoria do União não conseguiu se livrar da punição. O clube foi enquadrado no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata da participação irregular de atletas.

Batalhão comemora retorno e semifinais mudam

Com a perda de seis pontos e multa de R$ 10 mil, o União-TO caiu automaticamente para a segunda divisão estadual. Já o Batalhão, autor do recurso que levou o caso ao tribunal, celebra a reversão do rebaixamento. O advogado Sávio Mares representou o clube no processo.

A decisão provoca uma mudança imediata na tabela da competição. O Gurupi, que estava fora do G-4, assume uma vaga nas semifinais e enfrentará o Tocantinópolis. Do outro lado da chave, Araguaína e Capital vão disputar a outra vaga na final.

A FTF ainda não se manifestou oficialmente, mas informou que aguarda a publicação do acórdão para refazer a tabela e divulgar as novas datas dos jogos decisivos.

União promete recorrer à justiça internacional

Inconformado, o União-TO informou que pretende levar o caso à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, alegando que seguiu orientação da federação e que foi prejudicado por uma falha de comunicação na súmula. A batalha jurídica, ao que tudo indica, está longe do fim.