Segurança Pública do Tocantins participa da Operação Escola Segura e trabalha ações preventivas e repressivas contra ataques em escolas
Qualquer denúncia de caso suspeito pode ser feita na página mj.gov.br/escolasegura de modo anônimo
Sara Cardoso/Governo do Tocantins
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Segurança Pública (SSP/TO), participa da Operação Escola Segura, juntamente com o Laboratório de Operações Cibernéticas (CiberLab) e a Diretoria de Operações Integradas e Inteligência, ambos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A operação visa ações preventivas e repressivas contra ataques nas escolas em todo o país.
Como uma das ações, foi criado um canal exclusivo para recebimento de informações sobre ameaças e ataques em escolas. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas em total sigilo. O registro deve ser feito no endereço mj.gov.br/escolasegura. O interessado em fazer a denúncia deverá inserir o maior número de informações possível para que se possa analisar corretamente a ocorrência.
Além disso, para facilitar a análise da denúncia, recomenda-se o preenchimento do campo “Comentário” com as informações relevantes, tais como o Município, Estado, Escola da denúncia e Mídia Social de origem da ocorrência. Mas vale lembrar que, em caso de emergência ou se não tiver todas as informações, a denúncia pode ser feita através do 190 ou na delegacia de polícia mais próxima.
O secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Costa, reforça que, na Capital e no interior do Estado, equipes estão de prontidão para averiguação imediata de quaisquer denúncias recebidas. “A Polícia Civil, através da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e da Diretoria de Inteligência Policial, que integra a PC/TO, está trabalhando para a identificação e localização de perfis suspeitos em redes sociais. Todas as denúncias recebidas estão sendo devidamente tratadas e as medidas de contenção cabíveis aplicadas aos casos suspeitos”, explica o secretário.
A delegada Luciana Coelho Midlej, diretora de Inteligência Policial da SSP/TO, lembra que é necessário o apoio de toda a comunidade no sentido de denunciar qualquer caso suspeito. “Tudo será mantido no mais absoluto sigilo e qualquer informação pode contribuir com o trabalho da Polícia Civil”, reforça.
Reunião de alinhamento
Na semana passada foi realizada uma reunião nacional que contou com a participação de delegacias contra crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras, para alinhamento das estratégias junto à pasta.
Na ocasião, o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, celebrou a integração entre a pasta e forças de segurança estaduais. “Numa questão como essa, que comove o país, nós temos que dar as mãos, juntar esforços, temos que reunir uma energia muito grande porque vem a indignação, vem a comoção, mas vem a nossa responsabilidade de fazer esse enfrentamento”, afirmou o secretário nacional.
Um dos pontos de destaque da reunião foi a necessidade de ampliação do diálogo com as plataformas responsáveis pelas redes sociais em atuação no Brasil. De acordo com os delegados presentes, a cooperação é fundamental para prevenir e reagir aos casos de violência nas escolas, bem como para identificar pessoas que incentivem ataques.
Dentro do pacote de ações do Ministério da Justiça para o combate à violência, a pasta vai investir R$ 150 milhões no apoio às rondas escolares ou similares. A medida será feita por meio de um edital e os recursos sairão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).
Divulgação na mídia
Outro ponto importante elencado foi a divulgação destes tipos de casos na mídia. As recomendações dos especialistas vão no sentido de não divulgar os nomes dos autores, nem quaisquer tipos de imagens, vídeos ou símbolos que os identifiquem, sob nenhuma hipótese.
A medida previne o chamado “efeito contágio”, que pode desencadear outros ataques ou eventos semelhantes em um curto período e em uma área geográfica próxima.