Palmas cancela Capital da Fé e Carnaval de 2025 devido à crise financeira
Prefeito Eduardo Siqueira Campos afirma que dívidas herdadas podem chegar a R$ 300 milhões.
Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), anunciou nesta quarta-feira, 22, que a capital não realizará o evento “Capital da Fé” nem as festividades de Carnaval em 2025. A decisão foi tomada em meio a uma grave crise financeira enfrentada pelo município, com dívidas herdadas que podem ultrapassar R$ 300 milhões.
O anúncio foi feito durante uma reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) e reforçado em um vídeo divulgado nas redes sociais, onde o prefeito detalhou a difícil situação fiscal da cidade. Entre os problemas citados estão atrasos de três meses nos pagamentos de contratos essenciais, como coleta de lixo e transporte público.
“Não vamos fazer o Carnaval, tampouco o Capital da Fé. Não temos condições de realizar nenhum dos dois. Ninguém vai protestar diante do quadro que temos. Não consigo justificar uma despesa dessa magnitude enquanto áreas essenciais estão sofrendo”, declarou Eduardo Siqueira.
Gestão responsável
O prefeito ressaltou que a decisão não foi motivada por ideologias ou questões políticas, mas sim pela necessidade de priorizar o equilíbrio financeiro da gestão pública. “Não é questão de posicionamento de esquerda, de direita ou de qualquer corrente política. Trata-se de responsabilidade com o que é público e essencial para a população”, explicou.
Os eventos, que tradicionalmente movimentam a economia e o turismo na capital, foram cancelados para que os recursos municipais sejam direcionados a áreas prioritárias, como saúde e infraestrutura.
Repercussão
A decisão gerou repercussão nas redes sociais e entre os moradores de Palmas. Enquanto alguns manifestaram apoio à postura do prefeito diante do cenário crítico, outros lamentaram a ausência dos eventos que integram o calendário cultural e religioso da cidade.
A Prefeitura de Palmas ainda não divulgou detalhes sobre o planejamento financeiro para enfrentar o déficit, mas sinalizou que novos ajustes deverão ser feitos para retomar o equilíbrio fiscal do município.
