Plantão Policial

Polícia investiga uso de sistema de monitoramento de trânsito para rastrear vítima antes de suposta execução

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra policiais militares e guarda metropolitano; tecnologia OCR foi utilizada para vigiar a vítima antes do crime.

Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins

A Polícia Civil do Tocantins cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Palmas, direcionados a cinco policiais militares e um guarda metropolitano. A operação investiga o envolvimento desses agentes na morte de Jaimeson Alves da Rocha, que teria sido executado após ser monitorado por nove dias. De acordo com as apurações, os suspeitos utilizaram o sistema de monitoramento de trânsito da prefeitura para rastrear os movimentos da vítima antes do crime.

A morte de Jaimeson aconteceu em 18 de junho, em uma oficina mecânica no Jardim Aureny III, Palmas. Conforme a investigação, o grupo se valeu do sistema OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres), controlado pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), para rastrear o trajeto do veículo utilizado pela vítima. Essa tecnologia permite monitorar veículos através de câmeras de trânsito, identificando placa, modelo e cor, além de emitir alertas em tempo real.

Placa da moto de Jaimeson Alves da Rocha era vigiada por câmeras de trânsito, antes dele ser executado — Foto: Reprodução;

Nesta terça-feira (15), os mandados foram cumpridos contra os cinco policiais militares, membros das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), e um guarda metropolitano. A investigação aponta que houve uma suposta forja de troca de tiros para encobrir a execução de Jaimeson, com uma arma sendo plantada na cena para justificar a ação policial.

A 1ª Vara Criminal de Palmas determinou o afastamento dos suspeitos das funções públicas, suspendeu o porte de armas e proibiu o acesso deles às dependências da Polícia Militar e da Guarda Metropolitana de Palmas. Além disso, eles estão proibidos de entrar em contato com testemunhas ou funcionários dos órgãos. A prefeitura de Palmas e a Polícia Militar informaram que estão colaborando com as investigações, enquanto os advogados dos suspeitos aguardam acesso integral aos autos para se manifestarem.

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