Médico condenado por assassinato da ex-esposa inicia cumprimento de pena em presídio
Condenado a 21 anos de prisão em 2022, Álvaro Ferreira da Silva foi preso em 19 de julho de 2024 após alta hospitalar, em cumprimento à ordem judicial.

Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins
Após receber alta do hospital onde estava internado, o médico Álvaro Ferreira da Silva foi transferido para um presídio de Palmas para começar a cumprir a pena de 21 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-esposa, a professora Danielle Lustosa, estrangulada em 2017.
O julgamento de Álvaro ocorreu em 2022. No entanto, um mês após a condenação, ele obteve o direito de permanecer em liberdade enquanto aguardava a decisão de recursos apresentados pela defesa. Nos últimos dois anos, ele atuou em hospitais de Palmas com tornozeleira eletrônica. No dia 19 de julho de 2024, a Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão expedido pela Justiça, após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar o último recurso da defesa. Álvaro estava internado em um hospital de Palmas e, por isso, ficou sob escolta da Polícia Penal. Após a alta médica, ele foi levado para a Unidade Penal de Palmas na terça-feira (23).
Quando o mandado foi cumprido, a defesa de Álvaro solicitou a manutenção da prisão domiciliar humanitária, alegando que ele havia sido internado várias vezes em 2023.
Relembre o crime
Álvaro ficou foragido por um mês e foi capturado após a polícia rastrear uma selfie postada nas redes sociais. Durante o julgamento, realizado em abril de 2022, os jurados reconheceram quatro qualificadoras no crime, incluindo feminicídio. O assassinato foi motivado por vingança, uma vez que Danielle havia denunciado a violação de uma medida protetiva no dia anterior ao crime, quando Álvaro a agrediu e tentou estrangulá-la.
Ele permaneceu preso por um mês até conseguir, através do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a decisão para recorrer fora da prisão. Nos últimos dois anos, seus advogados apresentaram recursos ao Tribunal de Justiça, STJ e STF, todos negados. O processo transitou em julgado, sem possibilidade de novos recursos, e foi definitivamente baixado no STF. Em seguida, foi enviado de volta ao Tribunal de Justiça do Tocantins, onde também foi encerrado. O mandado de prisão definitivo foi expedido na terça-feira, 16 de julho, pela 1ª Vara Criminal de Palmas, determinando que qualquer oficial de justiça ou autoridade policial competente prenda e encaminhe Álvaro Ferreira para uma unidade prisional.