Saúde

Mais de 8 mil ovos do Aedes aegypti são identificados em Palmas por armadilhas de monitoramento

Ovitrampas instaladas pela Prefeitura revelam áreas com alta infestação e ajudam a reduzir a proliferação do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.

Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins 

A Prefeitura de Palmas registrou a captura de 8.114 ovos do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya, durante o mês de novembro. O resultado é fruto da instalação de 272 ovitrampas distribuídas em bairros das regiões norte, central e sul da capital. As armadilhas fazem parte de um sistema de vigilância da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) que permite identificar áreas com maior risco de transmissão e direcionar ações de combate.

As ovitrampas são instaladas pelos agentes de combate às endemias (ACEs), integrantes da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ). O dispositivo é composto por um recipiente escuro e uma palheta de madeira submersa em água com levedura de cerveja, mistura que atrai a fêmea do mosquito para realizar a oviposição.

Segundo o biólogo Anderson Brito, o método contribui não apenas para monitorar, mas também para reduzir a quantidade de mosquitos na cidade.

“Além de indicar onde há maior infestação, a técnica evita que os ovos cheguem a eclodir. Só neste mês, conseguimos impedir o surgimento de mais de oito mil mosquitos transmissores.”

Diferença de infestação entre bairros

Durante o monitoramento, iniciado em 2023, as equipes perceberam grande variação na quantidade de ovos coletados. Enquanto algumas palhetas apresentam resultados zerados, outras podem ultrapassar 100 ovos. Em períodos chuvosos, já foram registradas palhetas com mais de 300 ovos apenas em um ponto, reforçando o alerta para regiões de maior risco.

Para a bióloga Ocleia de Sousa Rodrigues, da Semus, esse comportamento reflete uma estratégia natural da espécie.

“A fêmea do Aedes distribui seus ovos em diferentes locais, aumentando a chance de sobrevivência da espécie e dificultando o controle quando existem muitos criadouros disponíveis.”

População é essencial para evitar novos casos

Mesmo com o trabalho de monitoramento e eliminação realizado pela Prefeitura, a maior parte dos focos do mosquito permanece dentro das residências. Por isso, a Semus reforça que a participação dos moradores é fundamental para reduzir a transmissão das arboviroses.

A orientação é que toda família realize inspeção semanal em quintais e áreas internas da casa, eliminando recipientes que acumulem água limpa e parada — principal ambiente de reprodução do mosquito.

Bastidores do Tocantins

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