Lula se recupera bem após cirurgia de emergência para drenar hematoma
Equipe médica afirma que o presidente está lúcido, sem sequelas, e deve receber alta na próxima semana.
Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada desta terça-feira (10) para drenar um hematoma intracraniano, identificado durante exames no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com a equipe médica, o procedimento transcorreu sem intercorrências, e o presidente está lúcido, orientado e sem sequelas.
A internação ocorreu após Lula relatar dores de cabeça persistentes. Os exames revelaram um hematoma de 3 cm na região frontoparietal, consequência de uma queda sofrida em outubro, no Palácio da Alvorada. O sangue coagulado acumulou-se entre o crânio e as meninges, sendo necessário realizar uma trepanação – procedimento que envolveu duas perfurações para drenagem do líquido.
Procedimento e recuperação
Segundo o neurologista Rogério Tuma, a cirurgia foi preventiva para evitar danos cerebrais causados pela pressão do hematoma. “O cérebro está livre de qualquer compressão ou lesão. O presidente não terá sequelas”, afirmou.
A infectologista Ana Helena Germoglio, coordenadora de saúde da Presidência, acompanhou Lula desde os exames iniciais em Brasília até a transferência para São Paulo. “Durante todo o percurso, o presidente esteve lúcido, orientado, conversando e se alimentando normalmente”, destacou.
Lula permanece internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês, onde ficará em observação por pelo menos 48 horas. O dreno inserido durante a cirurgia deve ser retirado até o fim da semana, e a alta está prevista para o início da próxima semana, caso a evolução continue positiva.
Impactos na agenda
Embora internado, Lula permanece no exercício do cargo. Compromissos públicos serão conduzidos pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, acompanha o presidente desde a transferência para São Paulo e é a única autorizada a visitá-lo.
“Se tudo continuar como está, o presidente deve retornar a Brasília no início da próxima semana”, informou Roberto Kalil Filho, médico pessoal de Lula.
Histórico do caso
O hematoma é resultado de um acidente ocorrido em 19 de outubro, quando Lula sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, necessitando de pontos na nuca. Na ocasião, um sangramento intracraniano foi detectado, mas absorvido pelo corpo. No entanto, sangramentos residuais são comuns durante o processo de cicatrização, explicou a equipe médica.
“O presidente vinha sendo monitorado desde o acidente, e a intervenção de hoje foi uma resposta imediata aos novos sintomas, garantindo sua recuperação plena”, destacou Tuma.
O governo segue informando a população sobre o estado de saúde do presidente.
