Explosivos e calor intenso: Ponte entre Tocantins e Maranhão será demolida no domingo
Implosão da estrutura remanescente marca etapa crucial para a construção de uma nova travessia.
Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins
No próximo domingo, 2 de fevereiro, a estrutura remanescente da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Tocantins e Maranhão, será demolida por meio de implosão. O procedimento faz parte do cronograma de obras para a construção de uma nova travessia e está sendo coordenado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A técnica utilizada combina explosivos estrategicamente posicionados e calor intenso para fragmentar a estrutura, sem a necessidade de maquinário pesado, devido à fragilidade do que restou da ponte. Segundo o DNIT, todas as medidas de segurança serão adotadas, incluindo isolamento do perímetro e comunicação prévia à população local.
O desabamento do vão central da ponte ocorreu em 22 de dezembro de 2024, quando 10 veículos trafegavam pelo local. A tragédia resultou na morte de 14 pessoas, além de três desaparecidos e um sobrevivente.
De acordo com o engenheiro civil e professor do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Moacyr Salles Neto, a implosão será conduzida de forma controlada. “Os explosivos são posicionados para criar uma linha de fratura que direcione a queda da estrutura para dentro da área delimitada, minimizando danos e riscos”, explicou.
A obra da nova ponte está sob responsabilidade do Consórcio Penedo – Neópolis, formado pela Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitada, com previsão de conclusão em um ano.
