A um ano das urnas, Tocantins enfrenta turbulência política e incertezas no comando do Estado
Com cargos estratégicos em disputa, cenário de transição testará maturidade democrática, liderança e projetos de futuro no coração do Brasil.
Yasmim Rodrigues/Bastidores do T
Dentro de exatamente um ano, os eleitores do Tocantins voltarão às urnas para uma das eleições mais importantes da história recente do Estado. Em 2026 estarão em disputa o Governo do Tocantins, duas cadeiras no Senado Federal, além de vagas para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa. O pleito acontece em meio a um cenário de forte instabilidade política e transição, que marca o presente e moldará os rumos do próximo ciclo.
Atualmente, o Estado vive a tensão do afastamento do governador Wanderlei Barbosa, que trava uma batalha judicial e política para retomar o cargo. Enquanto isso, o governo interino do governador em exercício Laurez Moreira busca consolidar sua gestão e imprimir sua marca administrativa. Essa dualidade de poderes alimenta debates, disputas internas e uma constante expectativa na cena política tocantinense.
O contexto exige clareza política e posicionamentos firmes, tanto das lideranças quanto da sociedade civil. Mais do que nomes e partidos, a eleição do próximo ano vai refletir a identidade de um Estado que reafirma sua autonomia e soberania por meio do voto direto. Para além das disputas de bastidores, o que estará em jogo é a confiança da população em projetos de futuro que possam garantir estabilidade institucional, desenvolvimento econômico e representação política efetiva no Congresso Nacional.
Com tantas cadeiras em aberto e um cenário de transição no governo estadual, o Tocantins caminha para um processo eleitoral decisivo, que testará a maturidade política de suas lideranças e a força da democracia no coração do Brasil.
Entre os nomes já colocados como pré-candidatos ao governo estão o próprio governador em exercício Laurez Moreira, a senadora Professora Dorinha, Ataídes Oliveira, Mauro Carlesse e o deputado Amélio Cayres (Republicanos). Para o Senado, devem disputar as vagas os atuais senadores Eduardo Gomes e Irajá, além de federais que miram também as cadeiras: Vicentinho Júnior, Carlos Gaguim e Alexandre Guimarães. Vanderlei Luxemburgo e Paulo Mourão também são cotados para a disputa.
A reportagem ouviu lideranças políticas sobre o prazo de um ano para as eleições e todos destacaram o momento de transição que o Estado atravessa e a busca por definições com relação ao Executivo. Para políticos como o senador Eduardo Gomes, o momento é de consolidar o que foi feito ao longo dos últimos anos em prol dos municípios e da população. Para ele, a eleição do próximo ano será sobre legados e capacidade política de resultados.