Plantio de algodão no Tocantins está autorizado a partir desta quinta-feira, 21 de novembro
Com o fim do vazio sanitário, Estado registra crescimento da cultura e reforça medidas de controle fitossanitário.
Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins
A partir desta quinta-feira, 21, está autorizada a abertura da janela de plantio de algodão no Tocantins, conforme estabelecido pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). A primeira safra (sequeiro) poderá ser cultivada até 15 de janeiro de 2025, enquanto o algodão safrinha poderá ser plantado entre 15 de janeiro e 15 de março.
De acordo com Cleovan Barbosa, responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle do Bicudo do Algodoeiro, os produtores devem cadastrar suas propriedades na Adapec até 15 de janeiro para a primeira safra e até 15 de março para o algodão safrinha. “O cadastro é obrigatório e essencial para garantir a rastreabilidade e o controle fitossanitário da cultura, conforme determina a legislação vigente,” enfatizou.
Crescimento da cultura no Estado
O algodão tem ganhado espaço no Tocantins, com um crescimento expressivo na última safra. Em relação ao ciclo 2022/2023, a área plantada aumentou 34,2%, alcançando 8.823 hectares. Entre os municípios com maior produção estão Dianópolis, Campos Lindos, Tocantínia e Nova Rosalândia, que se destacam como polos da cotonicultura no Estado.
Fim do vazio sanitário
Encerrado nesta quarta-feira, 20, o vazio sanitário do algodão, iniciado em 20 de setembro, cumpriu seu papel de prevenir e controlar a incidência do bicudo-do-algodoeiro, a principal praga que ameaça a cultura. Durante o período, a Adapec realizou monitoramentos para evitar a presença de plantas que pudessem representar riscos fitossanitários, ajudando a interromper o ciclo de reprodução da praga.
Sobre o bicudo-do-algodoeiro
O bicudo-do-algodoeiro é um besouro de coloração cinza ou castanha, com comprimento entre 3 mm e 7 mm. Essa praga infesta as lavouras de algodão desde o surgimento dos botões florais até a colheita, podendo completar de quatro a seis gerações durante o ciclo da cultura. Quando não controlada, pode causar perdas de até 70% na produção.
Para mais informações e orientações, os produtores podem procurar o escritório da Adapec no município de suas lavouras.