Operação Asfixia: Polícia Civil do Tocantins prende 15 pessoas e desarticula esquema que movimentou R$ 20 milhões com tráfico de drogas
Ação simultânea no Tocantins e em São Paulo mira organização criminosa e bloqueia contas bancárias usadas para lavagem de dinheiro.
Yasmim Rodrigues/Bastidores do Tocantins
A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta terça-feira, 4, a Operação Asfixia, resultando na prisão de 15 pessoas, entre elas nove mulheres e seis homens, suspeitos de integrar um esquema criminoso que movimentou R$ 20 milhões com tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. Durante a operação, também foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 20 ordens de bloqueio de contas bancárias. Dois suspeitos seguem foragidos.
Os mandados foram cumpridos em cidades do Tocantins (Palmas, Araguaína, Paraíso e Porto Nacional) e de São Paulo (capital paulista, Praia Grande e Barueri). Durante as buscas, as equipes apreenderam celulares, máquinas de cartão, cartões bancários, cadernos com anotações do tráfico e mais de R$ 16 mil em dinheiro vivo.
Estrutura criminosa e atuação interestadual
A investigação, conduzida pelos delegados Alexander Pereira Costa e Thyago Busttorf, revelou uma organização criminosa estruturada, com divisão de funções e atuação em diversos estados, incluindo Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão.
Segundo o delegado Alexander Costa, o grupo utilizava contas bancárias de terceiros para movimentar o dinheiro ilícito. “Com essas prisões, conseguimos desarticular o núcleo financeiro da organização e interromper o fluxo de dinheiro do tráfico dentro do sistema bancário formal”, explicou.
Além do tráfico de drogas, o grupo também era responsável pelo envio de armas de origem turca para diferentes estados, fomentando conflitos entre facções criminosas. “Identificamos que essas pistolas foram utilizadas na disputa territorial que resultou em vários homicídios em Palmas no primeiro semestre de 2023”, destacou o delegado.
Apoio e desdobramentos da operação
Os presos foram encaminhados para unidades penais e permanecem à disposição da Justiça. A Operação Asfixia contou com o apoio de diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Civil de São Paulo, além de unidades especializadas da Polícia Civil do Tocantins, como Denarc, Dracco, Deic, DHPP, Polinter, GOTE e o Núcleo de Operações com Cães da Polícia Penal.
